domingo, 25 de março de 2012

Uma Vista das Montanhas

Houve um tempo em que eu escrevia para fugir
Agora fujo pra escrever e nem isso me basta
É triste ler o que um dia foi e perceber que sente falta
Enquanto tudo passa como uma nuvem num céu cor de prata

Às vezes, quando as lembranças parecem brilhar,
Entendemos que talvez viver não seja uma total perda de tempo
Então paramos de rodar como robôs
E corremos contra o vento

Apenas para sentir a brisa encontrar os nossos sorrisos
Apenas para saber que existe mais do que sua rota diária

Às vezes derrotamos os fantasmas do passado
Com caminhos para o futuro
Um lugar ainda obscuro
Porque somos tolos com as esperanças

Corremos em busca do nada
E quando a mente se torna perturbada
Colocamos nossos óculos escuros
Então ninguém poderá nos ver chorar

É ruim estar confuso
Mas o mergulho em parafuso
É o que faz a corrida valer a pena

É claro que o mundo está difuso
Mas o relógio continua em uso
E a vista ainda pode ser plena

Nenhum comentário:

Postar um comentário