sábado, 28 de maio de 2011

Profunda Noite Estrelada

Assim como o céu é azul
Assim como eu não sei de nada
Assim como a madrugada
Eu vejo estrelas em seus olhos
Toda a noite

Nem sei como consigo
Achar estrelas quando me perco
No escuro de seus olhos e derreto
Como se nós dois pudéssemos
Virar água

São as estrelas dos meus olhos
No céu dos teus olhos
Que me fazem sorrir

É o som da minha vida
No tom da tua voz
Que me faz dormir

domingo, 22 de maio de 2011

Impasse

Eu vou abstrair esse assunto
O quanto eu puder
Porque ele me faz chorar

Escondida no meu mundo
O tempo que eu puder
Eu vou pensar

Quero entender por que
Quando eu fiquei feliz
Você desatou a chorar

Quero entender por que
Por um triz
Eu pensei em tentar

Porque quando eu tentei
Você me feriu

Então eu chorei
Mas você nem viu

Eu vou abstrair esse assunto
O quanto eu puder
Porque ele me faz chorar

Vou me esconder no meu mundo
Mas se não der
Vou superar

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O Dever de Escrever

São tantas obrigações nessa vida
Não quero mais uma, não...
Escrever pra mim é um saída
Não uma obrigação

Quando me sinto perdida
Encontro-me nessa ilusão
Quando me sinto querida
Minha alegria vira canção

Quando, em raiva, reclamo!
Grito em palavras pequenas
Quando em paz, declamo
Minhas lições serenas

Não posso por nada desapegar-me
Do céu que encontro na escrita
Mesmo que possa encontrar-me
Numa obrigação escrita e maldita

domingo, 15 de maio de 2011

Além do Espelho

Passei um pé
Depois o outro
Abri os olhos
Eu estava dentro

Sorri um pouco
Lembrei dos sonhos
Senti meu vento

Vi meu lugar
Além do espelho
A grama verde
O céu azul
Um sol em vermelho

Foi um dia cheio
Mas estava onde deveria
Era um ano ruim
Mas em minutos tudo acabaria

A Felicidade
Era minha única companhia ali
Eu não estava sozinha

Não havia verdade
Era meu mundo de mentiras pra fugir
Uma coisa só minha


quarta-feira, 11 de maio de 2011

Melodia Em Cores

O jovem Adam toca nas caixas de som
Eu não fiz nada no dia de hoje
O amanhã parece realmente muito longe
Isso é tão bom!

Eu sentei ali no sofá e assisti
Os físicos conversando e eu ri
Comi chocolates e então notei
Que nada foi como pensei

O tempo se foi bem pra lá
Além do arco-íris em cores frias
Mesmo assim eu fiquei com as alegrias
Que chegaram no fim da tarde

Elas demoraram um pouquinho
Eu pensei demais e me senti só
Mas foi uma recaída que já recuperei
Quando o jovem Adam cantou
Em minhas caixas de som

Eu sorri então
Quando o jovem Adam
Cantou em minhas caixas de som

Todo aquele por do sol lá fora
Parecia efêmero!
Pois não havia um arco-íris
Em cores quentes
Mesmo assim eu mostrei meus dentes
Às nuvens que voavam em direção
Ao fim do não arco-íris em cores quentes

Foi então que o jovem Adam
Cantou em minhas caixas de som.

terça-feira, 3 de maio de 2011

O Poeta Se Pergunta

Serei menos?
Se escrever poemas
Com versos pequenos?

Serei mais?
Se escrever contos
Com tramas fatais?

Serei o mesmo?
Se cometer
Diferente erros?