Do céu ao inferno
E ao mesmo tempo
Do inferno ao céu
É assim que me sinto
Porque ambos estão
Dividindo espaços
Em minha conturbada mente
Meu fiel labirinto
Sobriedade é tudo que não quero ter
O que esperam é tudo que não quero ser
Porém é isso, justamente, o que sou
Contudo é isso, simplesmente, o que tenho
A impressão sutil de liberdade
Ronda os meus sorrisos
Enquanto estou presa à culpa
E às expectativas dos outros
Eu me entrego à luta
Meus desejos são sobrepostos
Sem chão
Ou sem teto
Meu estado aparente desaba
Por se achar muito esperto
Mas é cego e escolhe os planos errados
É esperançoso e confia nos outros em demasiado
Não sou eu, entenda...
São os vários “eus” que me cercam
As várias vozes que me falam
Os vários fantasmas que me encaram
E todos os anjos que se calam.
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