segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Consolo, onde estás?

A chuva cai como mágoa lá fora
Assim como as lágrimas no meu rosto
Eu reclamo meus direitos de desgosto
Sem ninguém pra me abraçar.

É frio na rua fora de mim
Mas há frio aqui dentro também
A lua desponta no céu como marfim
E para me consolar: ninguém.

Quando tento me desfazer do peso
Sem um colo a me confortar
Escuto os ecos da realidade
Contra a qual quero lutar.

É escuro na rua fora de mim
Mas há escuridão aqui dentro também
No vazio um breu sem luz no fim
E para me guiar: ninguém.

Lágrimas! Oh lágrimas!
(Quão traiçoeiras podem ser?)
Intensifica em meus olhos a cor
Rubra meu rosto de dor
E para perceber: ninguém.

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