Venho me sentindo um tanto quanto robótica
Sigo meu programa do dia-a-dia
Tudo fora dele é uma ilusão de ótica
Me escondi atrás da minha antiga covardia
Tenho medo de sair do programa
Um passo em falso
Meu mundo desaba
Meu olho deságua
Como num robô
O elemento vivo é escasso
Eu me perco no metal
Na mesmice letal
Dessa vida mundana
Meu eu robô vive da rotina
Porque a vida não para
Meu eu humano vive pelos meus dez segundos de coragem
Em busca da eu que virou miragem
Num trabalho diário de formiga
Eu espero que os segundos de coragem se transformem em horas
E que os segundos desse programa que me castiga
Virem apenas memórias
E que eu as esqueça no limbo da mente
Que eu me perca na coragem
Muito mais envolvente
Que eu me encontre
Novamente
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